Uma linda toada cantada triste
por um seresteiro na janela da amada...
As cordas plangentes da velha viola
choram cantando uma doce serenata.

 Da janela nenhuma luz se acende
e o cantador insiste no seu canto.
(Será que a malvada não ouve o pranto
derramado em notas de lamento?)

O frio chega, endurece os dedos
e a viola não pára, apenas animada
do desejo do pobre  seresteiro
de vislumbrar, ainda, a figura amada.

  A lua clara que no céu cintila
ilumina a viola, a janela e o nada...
nem uma rosa, um sinal, um aceno...
nem esperança de conquistar a amada.

Derrama, então, uma lágrima doída
o seresteiro, perdido no seu amor...
Volta as costas... suspira... desiste da vida.
...E sai cantando serestando a dor.

Maria Tereza
Direitos autorais reservados


Poesia premiada no Concurso Von Breysky, promovido pelo site da Magriça - 2002

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Página produzida para o Tempo de Poesia em junho/2007.
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