Te amo...
De uma maneira inexplicável
de uma forma inconfessável
de um modo contraditório.

Te amo...
Com meus estados de ânimo que são muitos,
e trocam de humor continuamente.
Pelo que já sabes,
o tempo, a vida, a morte.

Te amo...

Com o mundo que não entendo
com a gente que não compreende
com a ambivalência de minha alma
com a incoerência de meus atos
com a fatalidade do destino
com a conspiração do desejo
com a ambigüidade dos meus feitos

Mesmo quando que te digo que não te amo,
Te amo...
Mesmo quando te engano, não te engano
no fundo, levo a cabo um plano
para te amar melhor.

Pois, ainda que não creias, minha pele
sente enormemente a falta da sua pele.

Te amo...
Sem raciocinar
inconcientemente
irresponsavelmente
espontaneamente
involuntariamente
por instinto
por impulso
irracionalmente.

De fato, não tenho argumentos lógicos
nem ao menos improvisá-los para fundamentar este
amor que sinto por ti
que surgiu misteriosamente
do nada, que não tem
resultado magicamente nada
E que milagrosamente
há pouco, com pouco e nada
tem melhorado o pior de mim.

Te amo...

Te amo com um corpo que não pensa
com um coração que raciocina
com uma cabeça que não coordena.

Te amo..
Incompreensivelmente
sem perguntar-me porque te amo.

Sem importar-me porque te amo.

Sem questionar-me porque te amo.

Te amo...

Sinceramente porque te amo
Eu mesmo não sei
porque te amo.

Tradução livre: Maria Tereza

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Página produzida para o Tempo de Poesia em maio/2009.
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